Terra preta de índio



Poucos sabem, mas a exuberância da floresta Amazônica esconde um solo pobre em nutrientes. Isso porque as altas temperaturas e umidade costumam fazer a matéria orgânica e os nutrientes armazenados no solo terem vida muito curta.

De uma forma geral, a riqueza do latossolo (solo mais comum na região) é apenas superficial, e vem da decomposição de galhos, folhas e animais. Entretanto na imensidão da Região Amazônica existem manchas de um solo bem diferente: A TPI, ou Terra Preta de Índio, um solo antrópico, isto é, resultado direto da ação humana. Isso explica por que são encontrados vestígios do dia a dia dos povos que habitavam estas áreas, o que nos leva a afirmar que a presença da TPI representa um dos mais marcantes registros da antiga ocupação humana na região amazônica.

Estima-se que as áreas de TPI abrangem de 6 a 18 mil km quadrados da bacia amazônica. A espantosa fertilidade deste solo escuro chama a atenção de pesquisadores do mundo inteiro, e para explanar sobre o assunto, convidamos especialistas nas áreas de antropologia, ecologia e agronomia de instituições como Ufam, Embrapa e INPA.

Ainda pouco se sabe sobre a terra preta de índio… sua origem, propriedades e seus possíveis benefícios econômicos, sociais e ecológicos. Mas uma coisa é certa: para enxergarmos um futuro fértil, precisamos nos voltar para o passado do homem amazônico. Esta é a terra preta de índio, uma terra fértil e cheia de histórias.

Fonte: Nova Amazônia